A Cachaça Esquerdista Das Redações E Um Comentário De Olívia Milena, Do "ME"…
17 Feb 2018 02:42
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Mais: o texto de Laura induz, acho eu, o leitor a achar que o episódio de haver hoje mais negros pela invasão do que há vinte e cinco anos torna este movimento mais democrático do que aquele. Não torna. Com mais ou com menos, a ação continua a ser um flagrante desrespeito ao estado democrático de correto.E isto, sim, é contrário de 1982. A nação vivia uma ditadura — meio esculhambada, entretanto ditadura. E notem bem: era uma ditadura que não conseguia nem ao menos ser "de direito", já que ela não respeitava seus próprios pressupostos. Se "negro" fosse ordem política, desse contexto, seria, assim sendo, uma classe negativa.Ainda bem que não é. Leitores reclamam que "peguei leve" com Laura já que ela é minha "amiga". Nem ao menos uma coisa nem sequer outra. Discordei de forma civilizada — e, às vezes, Tio Rei tem o coração mole. Nós nos conhecemos, não somos amigos. Discordo radicalmente da leitura que ela fez. A charada que me interessa é outra. O que lamento é que um jornal como a Folha — ou o Estadão, que seria a nossa alternativa mais conservadora e, infelizmente, não é — não comportem uma reportagem com um ver diferente ou mesmo contrário do de Laura. Isso parece aspirar manifestar alguma coisa. Quem sabe necessite falar que as redações são uma espécie de território mais ou menos livre, liberado, para inúmeras formas de esquerdismo, porém interditado pro que chamam de "direita". E isto não é bom. O recinto da "voz do dono", do "patrão", seria o editorial.Se houve, alguma vez, durante a ditadura, alguma coisa de meritório em quem conseguia "ser de esquerda" nas redações, nos dias de hoje, isso não passa de oficialismo, de governismo, de alinhamento com a metafísica influente. Em recente entrevista ao Observatório da Imprensa, Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha, observou que mesmo o jornalismo tem uma ligação de servilismo com o PT.Escrevi nesse lugar um texto afirmando que concordo com ele. Entretanto larguei a minha Mafaldinha. Engraçado essa mocinha (que vc diz não publicar o nome pra protegê-la) pronunciar-se coisas sobre partidos políticos,assembléias chatíssimas comandadas por partidos x, e, z, (aliás, faltou ela indicar alguns e também alegou outros que nunca vi por lá.Como se vê, a militante prova que o "movimento" está tomado por partidos de extrema esquerda, como a toda a hora esteve. Não há nada novamente neste típico. Ela só considera que a caracterização feita por uma amigo é inexata. Reparem quando ela escreve: "uma esquerdista que Realmente acompanha o que acontece". Esse é o risco mais pernóstico que os educadores de esquerda transmitem a seus abduzidos: a idéia de que eles têm acesso a uma consciência superior, à verdade. Sou da FFLCH e sei super bem o que ocorre por lá. Acontece que convocamos assembléias de sala, de curso, geral, e estes que se dizem uma oposição oprimida não se manifestam e depois querem meter o bedelho nas decisões tomadas democraticamente!6 Procedimento seis.1 Planeamento inicialMulheres que traem procuram mais sexo e não pensam em divórcio"Não vi nenhum preso sendo executado"Luana Lima argumentou: 11/09/12 ás 08:Vince e seis176 "O exército do Sr. Satan!" Os Discípulos de Hércules 27 de Janeiro de 199335 As Frases do PatriarcaAcesse só, Laura. Nada mudou! Você chama para a assembléia — a todo o momento manipulada, direito, Laura? Ela é o foro. Ora, uma assembléia teria de ser, ao menos, representativa. Não importa. Os gatos pingados, todos militantes, irão lá. Tomam a decisão por maioria — da assembléia, não dos estudantes. E quem discorda do esquema? E quem nem sequer mesmo comparece para votar? Não existe como gente. Tem de calar a boca.Caso tente expor alguma coisa, está "metendo o bedelho". A universidade se torna uma assunto privado de quem aceita os métodos da tropa de choque. A que decidiu, ontem, a sequência da ocupação teria reunido dois 1000 pessoas. Os números são dos invasores — necessita ser a metade. Porém que fossem 2 mil. Correspondem a espantosos dois,quatro por cento dos estudantes da USP! Se querem ter aula, se são contra a greve, contra a razão do ME, se descobrem que a USP e tuas numerosas unidades precárias os contentam, que se manifestem!Eis o seu defeito, Mafaldíssima. Eis a prova de que você não domina nada de democracia. Eles se manifestam. Só não recorrem à crueldade que você endossa. Em tal grau se manifestam, que há somente duas faculdades em greve: a Fefeléchi e a ECA. E só é então já que, nessas faculdades, o poder assim como está com a esquerda.O resto da USP está em funcionamento. Vocês é que não aceitam o ponto de visibilidade inverso. Vejam o caso do Instituto de Física. No momento em que um aluno não vai às assembléias manipuladas de vocês, no momento em que se nega a entrar em greve, está postando, quando menos, NÃO a seus métodos. Note, Laura: "ME" pra designar "Movimento Estudantil" é jargão de esquerda.
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